Donnerstag, 14. Juni 2007


dizes amo-te baixinho, com uma voz rouca. murmuras-mo, sopras-mo. não como garantia de algo, não para me segurar, mas porque é, e às vezes, como uma alarme de cuco, é preciso deixá-lo sair. é preciso soltá-lo e deixá-lo voar, também. há coisas que são tão grandes, que temos que as partilhar, que temos deixar bocadinhos sair, ainda que seja baixinho. e são tão grandes, que não se perde nada. pelo contrário. assim deixa de estar só dentro de nós, para estar por todo o lado. um dia li que os amantes falam baixinho, ou nem falam até, porque os seus corações estão tão próximos, que facilmente se ouvem. é por isso que eu não preciso de falar? que respondes às minhas perguntas ainda antes de eu as fazer? que temos as mesmas ideias, e os mesmos pensamentos se atravessam ao mesmo tempo nas nossas cabeças? é capaz. ou então é porque às vezes somos um. só uma alma, com dois corpos. dizem que isso é a amizade, uma alma em dois corpos, mas que somos nós senão amigos? best friends with benefits.às vezes estou nos teus braços, com a cabeça no teu peito, e oiço o teu coração bater. e não sei do meu, não o oiço bater, mas sei que eles batem ao mesmo tempo, ao mesmo ritmo. é bom isso. como é bom que o teu bater de coração seja a minha canção de embalar.

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